sexta-feira, 13 de maio de 2016

Como nasce o amor

Muitas vezes, o amor nasce de maneira despretensiosa, fruto de algumas taças a mais em um casamento de amigos. Outras, pode surgir em um encontro no posto de gasolina ou em um almoço no fim de semana. 

Não se sabe o momento exato do nascimento, mas pesquisas (empíricas) comprovam que o amor acomete primeiro o coração e depois se espalha por todo corpo. É altamente contagioso e recomendável. Fique atenta aos sintomas.

1º mês: o coração começa a se preparar para receber o grande amor. Desilusões fortalecem o músculo, que passa a demandar carinho e afeto. É neste período que o estômago se enche de ar para embalar as borboletas que vão chegar. 

2º mês: já inebriado pelas primeiras demonstrações de carinho e vontade de estar junto, o coração começa a bater mais rápido. Os encontros se tornam mais frequentes, as ligações passam a ser necessárias e mensagens desavisadas podem gerar uma deliciosa sensação de aconchego. As borboletas no estômago aparecem todas as vezes que ele chega para te buscar. É recomendado aproveitar esse momento em fazendas e em viagens românticas (evite qualquer esporte radical, como andar de quadriciclo).

3º mês: é chegado o momento de introduzir o ser amado em sua roda de amigos. Casamentos de colegas de trabalho e de irmãs de amigas podem provocar momentos de pura alegria e paixão. Aproveite para praticar a arte da paciência, pois o amor demanda esforço. É preciso reaprender a ser amada. Brilho nos olhos é comum em quem está cultivando o amor dentro de si.

4º mês: vencido o primeiro trimestre, é hora de acalmar os ânimos e focar no futuro. Neste período, é comum acontecer algumas brigas. Afinal, um amor para sempre precisa de certezas para crescer. Conhecer o pai dela e criar programas de diversão a dois, como frequentar espetinhos, são excelentes remédios contra a crise.

5º mês: é tempo de festas e viagens. Conhecer a capital do país pode aquecer o coração e ajudar no crescimento saudável do amor. Caso tenha condições, não deixe de fazer uma viagem internacional. Uma semana em um quarto de hotel, com bastante cerveja, praia e música cubana ajuda a curar qualquer mal entendido e mantém o coração aquecido. Uma viagem separados pode apimentar a relação e garantir um reencontro inesquecível. Banhos mornos ajudam a matar a saudade.

6º mês: ao fechar o segundo trimestre, você vai perceber como todo o processo vivido foi fundamental para o fortalecimento do amor. Notícias inesperadas podem bagunçar a cabeça e entristecer o coração. Porém, nesta etapa, o amor já é forte e saudável o suficiente para te dar apoio e te impulsionar para a frente. O carnaval chega trazendo alegrias e certezas. O amor subiu a serra de vez.

7º mês: esse é o momento de se preparar para o que está por vir: a melhor parte. Novidades no trabalho, estadia em hotéis na cidade e show do Nando Reis embalam o amor, que cresce vigorosamente. Um fim de semana em Tiradentes é fundamental nesta etapa e ajuda a manter as borboletas em atividade. 

8º mês: é hora de levar o amor para passear e conhecer lugares nunca antes imaginados. Obras, cidades paulistas e cinemas garantem diversão e noites inesquecíveis. Nessa fase, é comum ter desejos por comidas diferentes, como sanduíches de mortadela, ovos de plástico, paella, massa com erva doce e cervejas artesanais. Aproveite este bom momento pelo qual o amor está passando para usá-lo ao máximo.

9º mês: aqui, o amor já está pronto para te acompanhar pelo resto da vida. Todos os exames foram feitos e os resultados comprovam que é para sempre. O coração nunca esteve tão grande, repleto de carinho e admiração. Não existe mais espaço para desentendimentos e tristeza. É hora de cuidar do amor, alimentá-lo diariamente, se comprometer com seu crescimento e dedicar tempo e atenção para mantê-lo sempre por perto. A melhor fase está só começando!

Para o meu amor, feliz 9 meses!




quinta-feira, 5 de maio de 2016

Ainda dá tempo?

Esses dias, circulou um texto na internet falando sobre a idade que grandes personalidades tinham quando começaram a se destacar na carreira que escolheram. Na hora, admito que senti um certo conforto. Tipo: Ok, ainda dá tempo de fazer do jeito certo. Mas agora, após algumas semanas de inércia, me pergunto se saber que tenho "folga" me motiva ou me paralisa. Afinal, se eles que são fodas demoraram, eu também posso deixar para amanhã. 

Morgan Freeman estreou seu primeiro grande filme aos 52 anos, mas tenho certeza que antes disso ele estava tentando. Ou, no mínimo, estava infeliz.

Nessa de empurrar para depois o que gostaria de fazer hoje, acabei ficando tempo demais em empregos que não mais me acrescentavam, em relações que já não faziam sentido e em roupas que não me serviam. Acho perigoso encararmos os rumos das nossas vidas como se fossem um trabalho de faculdade, que será feito na última hora, de qualquer jeito e de maneira exaustiva.

Talvez a questão não seja saber que temos tempo, mas entender que sempre é tempo. Todo dia dá para fazer diferente. A toda hora é possível mudar de emprego, de país, de corte de cabelo e de namorad@. Só precisamos de coragem para vencer o medo de dar certo. Nunca vai existir o momento perfeito, aquele encontro com Deus no descampado, o valor necessário na conta bancária ou a idade certa para realizarmos o que queremos. Por isso, agora é a hora de fazer acontecer.

Você pode deixar para amanhã? Pode. Mas você terá menos tempo para desfrutar do que realmente vale a pena. Por isso, pense bem. Para quê começar aos 60 e aproveitar 30 se podemos começar com 30 e nos deliciarmos por 60?


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