segunda-feira, 30 de abril de 2012

Viagem

Gente,


como alguns sabem, eu estou indo viajar! Vou passar uns dias fora, matando a saudade que está me matando. Mas como sou muuuito organizada, programei alguns posts que serão publicados em dias e horários diferentes. Por isso, não deixe de acessar o blog, se não você vai perder! 


Nos "vemos" na volta!

Bjão

domingo, 29 de abril de 2012

Cuidado com o vão

Desde pequena adoro frases e histórias de impacto! Sabe aquela moral, no finalzinho da história, que te faz rever todo um conceito ou que descreve exatamente o seus sentimentos? Então, adoro!!! E eu juro que em várias situações adotei os "ditos" na minha vida. 

Essa semana escutei um caso que me acalmou e me acolheu. Uma grande amiga voltou da Inglaterra e todas as meninas se reuniram para um lanche (esses encontros simplesmente me renovam e me fazem muito feliz!). Em meio a tantos pães de queijo, gritaria, fofocas, sanduíches e celulares, minha amiga pediu licença para explicar o significado da lembrancinha que ela tinha trazido para cada uma de nós (um imã com o símbolo do metrô de Londres, com a frase "mind the gap"). E eis que a história surgiu no momento mais oportuno da minha vida!

O padre da igreja que ela frequenta na Inglaterra comparou a nossa vida com as linhas do metrô. Estamos sempre indo em uma direção. Algumas vezes mudamos o trajeto, retornamos ao ponto inicial e até paramos na plataforma para decidir qual será o próximo rumo. Podemos ir para o leste e, no meio do caminho, decidir ir pro norte. Podemos desistir de tudo e ficar na plataforma pensando em qual direção seguir. Podemos até nos arriscar e pegar o primeiro metrô sem nem saber o destino final. Não há regras nem caminhos obrigatórios, mas há um único cuidado que devemos tomar: mind the gap (cuidado com o vão).

Nem sempre sabemos para onde estamos indo, não sabemos nem mesmo se queremos ir. Às vezes passamos da nossa parada habitual e descobrimos novos lugares. De vez em quando desistimos no meio caminho e temos que voltar tudo de novo. E outras tantas vezes ficamos na plataforma, observando o ritmo das pessoas, analisando as linhas e escolhendo a melhor opção. Nenhuma dessas situações é errada ou pior que a outra, pois em todas elas estamos em movimento (mesmo que o movimento seja apenas dos outros). Por isso, se você ainda não sabe para onde ir ou está em dúvida se está na linha certa, pense, analise, observe e, se necessário, volte. Só tome cuidado para não cair no buraco!

Please, mind the gap!



quinta-feira, 26 de abril de 2012

Tempo

Uma das coisas que mais gosto de fazer é planejar as coisas. Adoro criar tabelas com os horários de todas as atividades que gostaria de fazer. Nessas linhas consigo organizar todo o meu dia e assim acho tempo para a dormidinha durante o Vale a Pena Ver de Novo, para os lanches de 3 em 3 horas, para a minha caminhada aquática. Mas acontece que gasto hooooras fazendo essa tabela (sim, eu sou meio freak e crio a tal da tabela no Excel!) e depois não consigo cumprir. O mesmo acontece com as tarefas que escrevo na agenda. Todo dia tenho uma lista de atividades que foram marcadas para que nada fique para a última hora, para que tudo dê certo. Mas o problema é que eu não funciono assim! Se não é para agora, para quê que eu vou adiantar? Ah... isso é para amanhã, dá tempo de entrar no Facebook rapidinho (e lá se vão 2 preciosas horas...).

O problema é que eu não confio em mim e muito menos aprendi com meus erros. Se eu fiz aquela lista de coisas é porque eu sabia quanto tempo me faltava, eu calculei tudo (como disse, adoro planejar!) e escolhi meticulosamente as datas. Mas na hora de executar a tarefa parece que eu esqueço desse meu dom organizador e decido mudar tudo, achando que ainda tenho tempo (se eu tivesse tempo, aquela atividade não estaria naquele dia, e sim mais pra frente!!!). E o pior é que eu SEMPRE faço isso e sempre dá errado. Aí, no final, você encontra uma Daniela com cara de exausta, morrendo de dor de estômago e fazendo tudo as pressas e pelas coxas. Precisa disso???

Como estou desempregada, tenho a preciosa oportunidade de decidir o que fazer com os meus dias. Ou seja, eu posso escolher quando quero ir ao clube, ao banco, ao shopping, ao supermercado.... tudo depende só de mim. E ontem eu percebi que mesmo assim eu estou sempre atrasada! Não me atrasei porque minha chefe me segurou, nem porque tive que passar no supermercado e esse era o único horário. Eu me atrasei porque fiquei enrolando na cama, porque estava fazendo nada no Facebook, porque achei que ia dar tempo! Parece que quanto mais tempo eu tenho, menos coisas úteis eu faço.

E eu não entendo de onde vem esse meu apego ao atraso. Afinal, sou super ansiosa (o que não combina com a espera) e fui criada por uma mãe extremamente pontual (ela sofre com atrasos até mesmo quando não está envolvida). Na verdade, acho que estou sempre atrasada porque não tenho obrigações formais com o tempo. (Olha só que ironia da vida, ontem eu estava aqui reclamando das formalidades burocráticas que me atrasam a vida e agora estou culpando a liberdade pelo meu atraso). Mas tenho que, pelo menos, levar em conta (e valorizar) as obrigações que tenho comigo! Quantas pessoas não gostariam de ter mais tempo para fazer um curso de culinária, para pesquisar coisas na internet, ou simplesmente para ir ao cinema? Eu me incluo nesse grupo que sonha em realizar essas coisas, só não tenho tempo! Meu desktop está cheio de links interessantes que quero ler, de cursos para me inscrever, de livros para comprar...

Mas agora estou mais tranquila, fiz uma tabela e tenho certeza que vai dar tempo de fazer tudo! 

"Tempo amigo, seja legal..."



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sopa de Letrinhas

Quem me conhece sabe o momento insuportável pelo qual estou passando. Cheguei de intercâmbio crente que ia abafar, afinal de contas, não é isso que toda empresa busca? Um profissional que tenha experiência no exterior, que saiba se virar, que tenha tido a oportunidade de aprender uma outra língua (mesmo que no meu caso essa outra língua seja o português de Portugal), de conhecer outra cultura? Acho que não, pois continuo desempregada e com menos opções do que eu tinha antes de viajar (não que eu me arrependa. Jamais!!!). E como eu, conheço vários outros na minha situação.


Essa semana fui para São Paulo (essa cidade merece um post especial!) para participar de uma dinâmica de trainee (a 13ª dos 33 programas que me inscrevi nos últimos seis meses) e, mais uma vez, não fui aprovada. Sempre, antes de entrar na sala, eu mentalizo tudo aquilo que acho que eu devo fazer. Não é para criar um personagem, mas para tentar enfatizar as minhas características que considero importantes. Se eu fosse contratar alguém para um cargo desse ia querer uma pessoa divertida, criativa, que pensa de forma diferente, que seja flexível e não ligue muito para formalidades puramente burocráticas. Afinal, vivemos num mundo jovem, dinâmico, antenado e sem fronteiras. Mas hoje percebo que o meu erro é sempre pensar em mim. Afinal, não sou eu quem faço a seleção. E a impressão que eu tenho é que a maioria das empresas tenta ser moderninha, mas ainda tem o pensamento da geração passada. E é exatamente essa palavrinha que tem me deixado de fora: Geração (s.f 1. Procriação; 2. Grau de filiação; 3. Conjunto dos homens da mesma época).


Acho que todo mundo já ouviu falar nas gerações X, Y e Z. Para mim, em príncípio, parecia apenas mais um rótulo, uma generalização para facilitar a vida dos pesquisadores, até que passei a ser barrada por todos os X's só por eu ter uma perninha a menos. Sim, isso pode ser apenas uma desculpa para o meu fracasso, mas é um fato que a maioria dos profissionais que ocupam cargos de gerência ou diretoria nasceram entre os anos 65 e 80 (geração X). E é verdade também que eu nasci em 86, bem no meio da geração Y. E eu percebi essa diferença na pele, quando recebi o feedback dessa última dinâmica. O moço do RH começou dizendo que, durante a atividade, eu falei muito e apresentei um pouco de dificuldade em escutar (sim, é um problema que já detectei com anos de terapia. Mas tive vontade de chorar quando percebi que ainda não "consegui fazer diferente"). Mas o que me deixou intrigada foi a segunda parte da avaliação. Segundo as anotações, eu era muito dinâmica, com um pensamento muito rápido e economizei muito tempo durante a minha apresentação pessoal.Oi??? Desde quando isso é ruim? Não é isso que esperam dos novos profissionais??? Foi aí que percebi a grande sopa de letrinhas em que me encontro e onde quem tem a colher é bem diferente de mim!


Tivemos trajetórias diferentes, fomos criados de maneiras distintas, temos ambições antagônicas, mas vivemos e trabalhamos (pelo menos em tese, no meu caso) no mesmo ambiente. E, por isso, às vezes, não conseguimos entender o que o outro quer. Eu cresci na era da informação rápida, da internet, da prosperidade econômica. Tive conforto, pais presentes e um monte de facilidades. Já a geração X cresceu com ideia de ser perfeita, de dominar o mundo. Conquistaram tudo o que têm graças ao próprio trabalho, buscam se desdobrar (da melhor maneira possível) entre todos os papéis sociais que assumiram enquanto nós buscamos uma coisa de cada vez (só conquistamos este direito porque temos a geração X nos apoiando!), primeiro a faculdade e depois um bom emprego, que nos faça feliz e que pague bem. E depois, quem sabe, pensamos em sair de casa, em assumir as próprias responsabilidades...


Nossa realidade é muuuuuito diferente da geração anterior, mas precisamos nos adaptar. É hora de nós, jovens, aceitarmos que a vida não é tão fácil quanto parece e, vocês, da geração X, também precisam entender que a vida não é tão difícil, que as coisas podem ser mais leves e podem ser feitas de outra maneira. "Se X e Y vão conviver, precisam se complementar. Se hoje prevalecem as regras X de produtividade (trabalho e vida pessoal se fundem e as conexões digitais compõem um turno de dedicação permanente), o futuro será Y, ainda em construção." (Cynthia de Almeida, Revista Claudia). E, eu espero, que X + Y tornem o mundo melhor para Z!

É Elis, tenho lá as minhas dúvidas...

domingo, 22 de abril de 2012

Romance

Sempre gostei de assistir filme em casa, principalmente no domingo. Até gosto de ir ao cinema, mas gosto da sala vazia, sem as risadinhas dos pré-adolescentes, sem o som dos papéis das balas, sem o barulho do último gole da Coca-Cola (por que as pessoas insistem que ainda tem algum líquido ali?). Por isso, por questões de saúde, decidi que só vou ao cinema às terças-feiras à tarde! Sendo assim, tudo o que me restou para hoje foi comprar um filme na TV a cabo. Antes mesmo de ver as opções eu já sabia o que queria assistir: um filme leve, engraçadinho e reconfortante - uma comédia romântica. Assisti a mais um filme sobre encontros e desencontros, com diálogos fáceis e finais felizes e isso me fez muito bem! 

Essa é uma das vantagens de estar solteira, poder assistir comédias românticas sem ter que implorar, subornar ou aguentar cara feia do namorado. Até entendo os homens não gostarem desse tipo de filme, só não concordo muito com os argumentos. Já participei de um milhão de discussões sobre "os perigos" das comédias românticas - elas criam mulheres eternamente insatisfeitas e homens imperfeitos; não demonstram situações reais e possíveis; são o motivo oculto por trás dos sonhos femininos. E quem disse que eu quero ver a realidade quando assisto a um filme desses? Eu quero me emocionar, me apaixonar, "viver" uma história de amor que é irreal e linda! Para ver casamentos desfeitos, términos de namoro, brigas de casais eu não preciso pagar, basta dar uma voltinha no shopping ou escutar as conversas de telefone da minha vizinha. Sem contar que o fato de ser irreal não é motivo para o desprezo. Desde quando é mais estranho um casal se apaixonar a primeira vista do que existir uma população de pessoas metade carro metade homem?

Penso que as comédias românticas são adaptações modernas dos contos de fadas, onde a príncipe se apaixona pela princesa e faz de tudo para mantê-la ao seu lado (olha só que coisa bonita). E o engraçado é que a maioria dessas histórias foram escritas por homens. Homens que também esperam encontrar as suas princesas (ou vocês acham que eles querem ficar com as bruxas?) e viver um amor. Afinal, quem não gosta de estar apaixonado? 

Concordo que às vezes buscamos tanto o relacionamento perfeito que não damos valor ao que temos, que é real e palpável. Admito também que, normalmente, saímos mais sensíveis destes filmes, com aquela vontade louca de encontrar o nosso príncipe, de viver um amor lindo e louco, de fazer um homem se apaixonar por você antes mesmo do beijo. Mas, por mais que essa ideia seja fantasiosa, acho que um pouco deste espírito não faz mal a nenhuma relação. Como um buquê de flores inesperado, uma mensagem de boa noite despretensiosa ou um encontro surpresa depois da aula podem prejudicar um amor? Na verdade, é a falta desses pequenos mimos que pode acabar minando um relacionamento, que passa a ter hora marcada, a ter roteiro nas carícias, a ser apenas mais um compromisso na agenda. 

É preciso viver a realidade de uma maneira encantada! O que não pode é desprezar o sapo, não dar chance  ao primo tímido do galã, não reparar no amigo de infância. Afinal, você não sabe qual história é a sua, qual príncipe é o seu. Por isso, repare também nos coadjuvantes e trate bem o galã que está ao seu lado para que ele também possa ver a princesa que tem por perto.

Escolha do domingo - "Noite de Ano Novo"





sexta-feira, 20 de abril de 2012

Mudanças

Se eu pudesse contar quantas vezes eu disse que estava cansada de ser eu, o número seria extratosférico! Acho que todo mundo já teve aquele dia em que dava tudo para ser outra pessoa, para ter outros problemas (sim, porque ser outra pessoa só significa mudar de problemas, nunca extingui-los!), para ter coragem de fazer as coisas diferentes.

Estamos sempre tentando mudar, de uma forma ou de outra. Quem nunca terminou um namoro e decidiu arrumar o armário? Ou se apaixonou e pediu para o cabeleireiro repicar o cabelo todinho? Quem nunca fez metas de fim de ano (sou a rainha destas listinhas. Todas elas sempre têm mais de 20 itens!) ou prometeu a si mesmo mudar de atitude depois de uma briga com a amiga?

"Repica, Renê! Repica!" - Divã

Mas a verdade é que mudar não é fácil, requer paciência, vigília diária, persistência (ou você acha que basta arrumar umas gavetas para esquecer os 4 anos de namoro e começar uma vida nova?), mas exige principalmente maturidade! Maturidade para perceber o motivo da mudança, a necessidade de fazer diferente. E isso, minha amiga, você só consegue (ou se convence) depois de se machucar muuuuitas vezes. Porque ninguém decide parar de contar as coisas da sua vida para os outros só porque está fora de moda, ou passa a fazer menos planos com os homens que fica só porque foi "aconselhada" por um programa de televisão. A gente decide mudar quando percebe que aquela atitude traz mais dor que felicidade, e isso depende inteiramente do tamanho da dor que ela te causou.

Sempre que acontece algo que me faz querer mudar, me olho no espelho (adoro esses momentos narcisistas) e converso comigo mesma. Prometo, olhando nos meus próprios olhos, que nunca mais NA VIDA vou fazer aquilo, que chegou a hora de dar um basta! Vou dormir com a certeza de que, "daqui pra frente, tudo vai ser diferente" (Lulu, como te amo!) e acordo me sentindo outra pessoa. Mas, na maioria das vezes, quando me deparo com a mesma situação, volto a agir da mesma maneira (acho essa repetição tãããão cansativa!). Mas como diz a minha psicanalista, as situações se repetem até que você tenha uma atitude diferente. E é por isso que várias vezes pensamos "é sério que isso está acontecendo comigo, de novo???". Sim, minha cara, é sério! Parece que ainda não foi dessa vez que você conseguiu fazer de outro jeito...

Minha tia não acredita em mudanças, diz que as pessoas nascem com uma índole, uma personalidade própria, e que apenas aprendem a controlar os seus instintos. Mas que a danada da "atitude malvada" continua dentro da gente, apenas adormecida. Prefiro não acreditar nisso, porque se for verdade, eu gastei muito tempo e dinheiro em terapia só para amansar uma fera que pode acordar a qualquer momento e me aprisionar no alto do castelo (de novo). Mas, por via das dúvidas, dou uma dose extra de calmante todos os dias!

"Em caso de dor, ponha gelo, mude o corte do cabelo,
mude como modelo..." - Milágrimas

PS: Tenho que admitir que mudei e agora sou a rainha dos vídeos do Youtube!


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dicotomias da vida

Gente, fiquei tãããão feliz com a repercussão do blog que nem consegui dormir direito pensando sobre o próximo post (e imaginando como será minha entrevista para o Jô). Fiquei super ansiosa e com medo de estragar tudo logo no segundo dia. Anotei um milhão de ideias (inclusive a transcrição da minha entrevista imaginária) mas não fiquei segura com nenhuma. Aí, voltando da minha caminhada aquática, escutei aquela música "Forever Young", joguei a letra no Google e eis que surge este post.


Talvez o texto não tenha nada a ver com a letra da música, mas me remeteu a um milhão de dilemas que vivo internamente. Outro dia um amigo me perguntou se ele deveria sair para correr ou fumar um cigarro. Não soube o que responder, pois esse tipo de questionamento me persegue há um tempo. Para mim, é muito difícil conciliar a minha busca por liberdade com a ideia criada de ser bem-sucedida (não dá, por exemplo, para decidir ir para o Rio de Janeiro, em plena terça-feira, quando na quarta é um dia normal de trabalho); a necessidade de ser magra e saudável com a minha vida "jovem" e boêmia.


Como ser feliz magra, se fico contando pontos o tempo todo (sim, me rendi aos Vigilantes) e não posso tomar minha tão amada cerveja sem pensar na barriga enorme que ela cria? Como querer viajar o mundo sem ter um emprego e, necessariamente, sem ter dinheiro? Mas quando eu tiver um trabalho, não vou ter tempo para conhecer os lugares. Como explicar para a minha fono que falar baixo e poupar minhas cordas vocais não é condizente com uma conversa em um bar ou em um dos inferninhos que vou de vez em quando (na verdade, usar um tom de voz baixo não é condizente com a minha personalidade)?


E sabe o que é pior? Eu fico invejando as pessoas que conseguem acordar às 6h30 para correr, ou aquelas que voltam mais cedo pra casa (ou pelo menos em um horário "de gente") porque têm um compromisso no dia seguinte, as meninas que falam baixo. Mas, invejo principalmente, aquelas pessoas que vivem em equilíbrio (invejo tanto que até tatuei o símbolo do ohm pra ver se pega por osmose). As invejo mesmo sabendo que posso (com muito esforço) me juntar ao grupo. E, nos poucos momentos em que isso aconteceu, fiquei invejando aquelas pessoas que tiveram a coragem de largar tudo para ir surfar no Havaí, ou que juntaram dinheiro para passar o verão em Ibiza. Enfim, até a minha inveja é dicotômica (existe esta palavra ou dei uma de Guimarães Rosa??) 


Ás vezes culpo o mundo, por ter me apresentado a ideia de que ser jovem é aproveitar tudo, pois é "a melhor fase da vida" (talvez seja por isso que o cara da música quer ser jovem para sempre). E culpo ele novamente, por agora, quando tenho a oportunidade de viver "a melhor fase da vida", vir querendo me apresentar a ideia de uma vida saudável, de uma consciência com o futuro. 


É muito difícil conciliar tudo o que quero, com tudo o que não quero. Quero ser magra, mas não quero deixar de comer; quero ter um emprego legal, mas não quero deixar de ter as tardes livres; quero ser saudável, mas não quero deixar de beber uma cervejinha de vez em quando.


Dez anos de terapia me ensinaram que, para alcançar algo é preciso deixar para trás outra coisa. O problema é que em dez anos de terapia não consegui deixar nada para trás sem sofrimento e pesar. E é exatamente por isso que continuo assim, sendo  uma "mistura de funk com samba, de comida japonesa com chocolate" (parte do texto em que meu amigo Lucas Campolina me descreve). Mas acho que sobrevivo!

Agora tenho que ir para os Vigilantes do Peso porque à noite tenho uma festa com japonês e chopp liberados (ó dicotomia que não me larga! Hahhaha..)

"Forever Young" - Engraçado eu colocar vídeos nos
dois posts. Logo eu, que odeio o Youtube.







quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Título

Sempre quis ter um blog para chamar de meu, para poder escrever as minhas ideias (sobre tudo), para que mais pessoas, além dos meus companheiros de mesas de bar, pensassem a respeito dos assuntos mais banais (e, no meu ponto de vista, mais interessantes) e foi assim que este blog surgiu. 

Antes dele, minha ideia era ter um blog sobre sexo (assunto mais que recorrente na minha vida, vcs vão ver!), mas no meio do caminho me apaixonei por moda e achei que só (SÓ???) sexo seria um desperdício de assuntos, afinal, me interesso por tanta coisa, tenho opiniões e dicas sobre tantos temas.

Além disso, comecei a fazer caminhadas dentro da piscina (sim, isso está muuuito ligado à criação do blog) e, como estou bem abaixo da média de idade das minhas companheiras de esporte, me dedico a apenas escutar os assuntos alheios (adoro fazer isso em qualquer lugar! Várias vezes já mudei de mesa na praça de alimentação do shopping ou não escutei o caso de uma amiga só para prestar atenção na história de quem eu não conheço). E o engraçado é que, apesar de alheias, todas as histórias que escuto na piscina me pertencem. Me identifico com algumas, sinto nojo de outras, mas sempre me sinto parte daquilo. E foi pensando nisso que decidi escrever sobre mulheres. Na verdade, sobre as pessoas, mas, como o ponto de vista é meu, não posso ignorar meu gênero, pois ele é um filtro importante na maneira como percebo o mundo.

Aí veio o dilema do título do blog. Eu queria "Mulheres Possíveis", mas a Ingrid Guimarães foi mais espertinha. Tentei mulheres reais, mas já tem um blog com esse nome, sem contar que o título me remetia a dinheiro (reflexo do meu desemprego). Enfim, pensei em "Tantas Mulheres". Joguei na internet pra ver se existia algum poema de Drummond, ou uma música do Chico com esse nome (ficaria suuper cult na definição do blog), mas tudo que encontrei foi uma moda de viola do Pedro Bento e Zé da estrada - o que não é N-A-D-A cult (assim como eu) e um milhão de perguntas no Yahoo! Respostas - "Por que tantas mulheres fingem orgasmo?", "Por que existem tantas mulheres inseguras?", "Por que tantas mulheres fazem Psicologia?". Foi neste momento que tive certeza ter escolhido o título perfeito. Não por causa das perguntas toscas (muito menos por causa da música), mas pela minha vontade de personalizar essas tantas mulheres. 

Por isso esse blog será sobre tudo! - moda, comportamento, fofoca, devaneios, viagens, culinária, homens, sexo... afinal somos tantas que gostamos de um tantão de assuntos!

Vídeo do Pedro Bento e Zé da Estrada