sexta-feira, 20 de abril de 2012

Mudanças

Se eu pudesse contar quantas vezes eu disse que estava cansada de ser eu, o número seria extratosférico! Acho que todo mundo já teve aquele dia em que dava tudo para ser outra pessoa, para ter outros problemas (sim, porque ser outra pessoa só significa mudar de problemas, nunca extingui-los!), para ter coragem de fazer as coisas diferentes.

Estamos sempre tentando mudar, de uma forma ou de outra. Quem nunca terminou um namoro e decidiu arrumar o armário? Ou se apaixonou e pediu para o cabeleireiro repicar o cabelo todinho? Quem nunca fez metas de fim de ano (sou a rainha destas listinhas. Todas elas sempre têm mais de 20 itens!) ou prometeu a si mesmo mudar de atitude depois de uma briga com a amiga?

"Repica, Renê! Repica!" - Divã

Mas a verdade é que mudar não é fácil, requer paciência, vigília diária, persistência (ou você acha que basta arrumar umas gavetas para esquecer os 4 anos de namoro e começar uma vida nova?), mas exige principalmente maturidade! Maturidade para perceber o motivo da mudança, a necessidade de fazer diferente. E isso, minha amiga, você só consegue (ou se convence) depois de se machucar muuuuitas vezes. Porque ninguém decide parar de contar as coisas da sua vida para os outros só porque está fora de moda, ou passa a fazer menos planos com os homens que fica só porque foi "aconselhada" por um programa de televisão. A gente decide mudar quando percebe que aquela atitude traz mais dor que felicidade, e isso depende inteiramente do tamanho da dor que ela te causou.

Sempre que acontece algo que me faz querer mudar, me olho no espelho (adoro esses momentos narcisistas) e converso comigo mesma. Prometo, olhando nos meus próprios olhos, que nunca mais NA VIDA vou fazer aquilo, que chegou a hora de dar um basta! Vou dormir com a certeza de que, "daqui pra frente, tudo vai ser diferente" (Lulu, como te amo!) e acordo me sentindo outra pessoa. Mas, na maioria das vezes, quando me deparo com a mesma situação, volto a agir da mesma maneira (acho essa repetição tãããão cansativa!). Mas como diz a minha psicanalista, as situações se repetem até que você tenha uma atitude diferente. E é por isso que várias vezes pensamos "é sério que isso está acontecendo comigo, de novo???". Sim, minha cara, é sério! Parece que ainda não foi dessa vez que você conseguiu fazer de outro jeito...

Minha tia não acredita em mudanças, diz que as pessoas nascem com uma índole, uma personalidade própria, e que apenas aprendem a controlar os seus instintos. Mas que a danada da "atitude malvada" continua dentro da gente, apenas adormecida. Prefiro não acreditar nisso, porque se for verdade, eu gastei muito tempo e dinheiro em terapia só para amansar uma fera que pode acordar a qualquer momento e me aprisionar no alto do castelo (de novo). Mas, por via das dúvidas, dou uma dose extra de calmante todos os dias!

"Em caso de dor, ponha gelo, mude o corte do cabelo,
mude como modelo..." - Milágrimas

PS: Tenho que admitir que mudei e agora sou a rainha dos vídeos do Youtube!


2 comentários:

  1. Boas Reflexões!
    Continue escrevendo,arquive os escritos e em breve teremos uma "personal brain trainer" !!!
    Abraço;
    Múcio.

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  2. Hhahahahhahhahahahha...
    Tenho certeza que o rei perdoa a minha ignorância musical!

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