terça-feira, 29 de maio de 2012

Ansiedade

Saber que eu sou ansiosa é fácil, basta reparar na minha perna inquieta (até mesmo quando estou em pé), na minha fala rápida e atropelada, nas minhas mãos sempre em movimento. O difícil é acabar com a ansiedade.

Sou assim desde pequena. Sempre tinha insônia na noite anterior a uma excursão (e dor de barriga pela manha), chorava e sofria antes de ir para a escola, na segunda-feira, por medo de ter sido excluída de algum programa no fim de semana, morria de enjoo e tinha tremeliques antes da festa mais importante do ano (o aniversário da Natália Nicole, que sempre era o mais bombante!).  

Hoje, depois de dez anos de terapia, eu consigo (às vezes) controlar minha ansiedade. Já aprendi que não adianta eu perder o sono tentando solucionar problemas (que na maioria das vezes não são tão grandes assim), porque eles não serão resolvidos a uma hora da manhã. Aprendi também que algumas coisas não dependem de mim e, por isso, não podem me afetar de tal modo que eu não consiga sair do banheiro (o primeiro dia em um trabalho novo é estressante para todo mundo e ter dor de barriga não muda este fato!). Eu entendo que a apresentação de um super trabalho pode causar ansiedade e que comer a casa inteira não vai me garantir uma nota satisfatória. Eu só não entendo como eu, mesmo sabendo disso tudo, ainda fico me martirizando (sim, porque todos os sintomas de ansiedade me causam um terrível desconforto físico e mental) por não saber o que eu quero do meu futuro.

Racionalmente eu compreendo tudo e sei exatamente o que não adianta, o que só faz mal e não traz nenhum benefício para as situações que me causam ansiedade. O problema é que emocionalmente eu ainda não sei como controlar meus ataques. Já tentei florais, terapia (o que me ajudou muito), dança, religião, livros de auto-ajuda e hoje me encontro na homeopatia, mas admito que nada me proporcionou 100% de cura.

Sei que a melhora só depende de mim, do controle da minha mente sobre o meu corpo (e é exatamente isto que me frustra, saber que eu estou falhando). Se bem que hoje é minha mente quem controla meu corpo. Onde já se viu ficar nervosa com uma entrevista de emprego e acordar às 4h30 com uma vontade louca de vomitar? Isso é culpa da mente, que por sua insegurança, tá prejudicando (para não falar a palavra feia que caberia perfeitamente aqui) o corpo. 

Então, acredito, que a cura da minha ansiedade está na sintonia entre mente e corpo. Mas como já disse em outros posts, equilíbrio é uma coisa muito distante de mim, o que prejudica bastante o processo. Por isso, continuo testando todos os métodos, fazendo todas as mandingas e rezando, para que um dia meu corpo e minha mente se tornem amigos, porque inseparáveis eles já são.

"As encrencas de verdade da sua vida,
tendem a vir de coisas que nunca
passaram pela sua cabeça preocupada."






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