quinta-feira, 24 de maio de 2012

Indiferença

Se tem uma coisa que me incomoda é o fato de algumas pessoas não gostarem de mim. Sei que nem Jesus agradou a todos, mas saber que eu não sou querida simplesmente me mata! Imagino que ninguém gosta de ser odiada, mas admiro aquelas pessoas que simplesmente não ligam, são indiferentes à situação. Eu juro que tento não pensar, não remoer e não analisar minuciosamente o motivo da não afeição, mas quando dou por mim já estou tendo DRs com o espelho ou mirabolando formas de ser amada. Sim, como se não bastasse o meu sofrimento, quando percebo o desdém do outro faço de tudo para agradar.


E sabe o que é o pior? Normalmente as pessoas que não gostam de mim não deveriam gostar mesmo ou não fazem diferença na minha vida. A nova namorada do meu ex vai me odiar por eu existir, independentemente do que eu faça. Aquela menina que eu excluí do meu grupinho do colégio, aos 12 anos de idade, nunca mais vai ir com a minha cara (e com toda razão). Que diferença faz na minha vida se a prima de segundo grau da amiga da minha amiga tem ciúme de mim e me trata mal? Nenhuma! Mas eu ainda não consigo aceitar isso tranquilamente.


Talvez a minha necessidade de ser amada 100% do tempo venha da minha carência paterna ou da minha "síndrome de filha única", não sei, só sei que isso tem me deixado exausta e me rendido boas (?) doenças psicossomáticas.


Mas existem os desprezos que machucam e que lutamos contra não só para manter a popularidade, mas porque vêm de pessoas que são importantes, que admiramos ou que temos extrema consideração. Não é fácil aceitar a traição de uma amiga, uma fofoca maldosa, o desrespeito de um ex-namorado. Quando a falta de amor vem de perto perdemos o chão, nos sentimos pequenos e passamos a conviver com um nó na garganta. São nestas situações que as conversas são necessárias e, às vezes, o perdão também. Porque reconquistar um amor perdido pode ser mais importante do que se sentir amada por um monte de alheios. 


Mas é preciso saber destinguir quem vale a pena. Muitas vezes chegamos no ponto em que mais uma discussão sobre o mesmo assunto, pela milésima vez, não vai fazer diferença; em que chorar, sentir dor de estômago e não conseguir dormir não vai mudar a atitude e o sentimento do outro. Algumas pessoas passam a ter uma visão sobre você que se torna imutável e que vai guiar tudo aquilo que elas pensam, independentemente do que você é, do que faz ou do que sente. Nesses casos, é preciso abrir mão, seguir em frente, levar o SEU amor ao próximo.


Uma vez uma pessoa me disse que a indiferença é o pior sentimento que alguém pode ter em relação a você. Eu discordo, acho que a falta de amor próprio é o pior sentimento que qualquer pessoa pode ter em relação a si mesmo. Deixar de se amar para ser aceita ou querida não faz o menor sentido! Por isso, acredito que chegou o momento de eu aprender a ser indiferente para que assim eu possa receber o melhor amor do mundo, o meu.

Não mata não!



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