terça-feira, 19 de junho de 2012

Casualidades

Vivemos em um mundo que nos obriga a sermos causais. Casuais na relações, nos sentimentos, no sexo e até mesmo nos valores. E essa é uma "obrigação" moderna que pesa, pelo menos para mim. Eu não sei ser casual nem mesmo na maneira de me vestir. Eu penso muito, analiso cada detalhe, me exponho, sinto todas as dores e os amores do mundo e, por isso, não posso ser casual. Não é que eu não queira, simplesmente vai contra aquilo que eu sou.


E quando falo isso para algumas pessoas, sofro um preconceito imenso. Parece que toda mulher que se julga independente, moderninha e bem informada tem a obrigação de trazer consigo o dom da casualidade (sim, considero isso um dom, uma característica quase de nascença).


Eu não dou conta de fazer sexo casual, de ter relacionamentos abertos, de não me importar. Acho M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O quem consegue! Mas para mim é difícil não esperar um telefonema, não torcer para que ele se encante, não imaginar um futuro. Sim, porque se cogitei ir para cama com alguém, é porque algo ali me atraiu, me fez querer conhecer mais e ficar mais perto. Tenho tanto para oferecer que não consigo ser pela metade.


Eu consigo enxergar todos os benefícios do sexo casual! Aliás, existem várias listas na internet enumerando as qualidades, as regras de etiqueta e os cuidados necessários para não se envolver. Entendo os motivos, as aspirações, as vontades e vantagens. Acho que se encaixa em vários momentos da vida e que pode ser tão fantástico quanto sexo com amor!!! Só não consigo aceitá-lo como uma obrigação, uma via de regra. Afinal, se nós mulheres conquistamos o direito de fazer sexo casual não podemos abrir mão da opção de não fazer. 


Conheço várias mulheres que se dizem casuais mas que no fundo queriam ser atemporais. E também conheço mulheres que são eternas e morrem de vontade de se tornarem efêmeras. Acho que a escolha do que queremos "ser" ou fazer é nossa e não deve ser encarada como uma imposição, um encargo ou uma tendência. Hoje temos o privilégio de podermos decidir com quem vamos nos envolver, transar, casar e até mesmo ter filhos. Usemos este direito para atender aos nossos desejos e não às expectativas dos outros.


Admiro muito a casualidade conquistada e jamais julguei alguém por isso. Acho que temos a obrigação de experimentar, de saber o que queremos, como somos e o que gostamos. Por isso, não me julguem por eu ser assim, acasual, eu simplesmente sou e não possuo defeito de fábrica!

Adoro esses momentos "Papo Calcinha"



3 comentários:

  1. Dani!! Seu irmão me apresentou seu blog hoje, quando comentei como é legal ir conhecendo pessoas "desconhecidas" lendo blogs. Me identifiquei com váááários posts. Parabéns, beijo!! Maíra

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  2. Que bom q vc gostou, Maíra!!!! Adoro qdo as pessoas se identificam!!! Saudade de vc e do Gui!
    Bjão

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  3. sou igual a vc, às vezes penso que tenho algum problema.

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